Susana C. Gaspar fala sobre a sua participação no filme
A actriz e encenadora Susana C. Gaspar fala da sua participação no filme “Poesia de Segunda Categoria”:
«Foi numa tarde solarenga, ponto
de encontro em Lisboa, a equipa reunida. Chegámos à Igreja onde iriam decorrer
as filmagens. Rapidamente nos preparámos, maquilhagem, cabelo, chapéu,
figurino.
Não vi ninguém do grupo de figurantes (pessoas locais do Bairro Terraços da Ponte) até ao momento da filmagem, o que me criou alguma expectativa. Conversámos sobre a cena: estaríamos a assistir à missa do sacerdote Vasco Reis e a minha personagem estaria visivelmente tímida, revelando sinais de enamoro pelo próprio sacerdote. Vasco Reis corresponde, num ambiente vibrante e cheio de cor, africanos nos seus fatos e panos, cantavam “Louvado Sejas”, ecoando – arrepiando tudo, principalmente a nós, actores. Num cenário que verdadeiramente nos transportou, mesmo que por breves instantes, para África,1934. Sem dúvida que foi uma experiência que me surpreendeu e enriqueceu, também pelo privilégio de estar entre tão extraordinária equipa.»
Não vi ninguém do grupo de figurantes (pessoas locais do Bairro Terraços da Ponte) até ao momento da filmagem, o que me criou alguma expectativa. Conversámos sobre a cena: estaríamos a assistir à missa do sacerdote Vasco Reis e a minha personagem estaria visivelmente tímida, revelando sinais de enamoro pelo próprio sacerdote. Vasco Reis corresponde, num ambiente vibrante e cheio de cor, africanos nos seus fatos e panos, cantavam “Louvado Sejas”, ecoando – arrepiando tudo, principalmente a nós, actores. Num cenário que verdadeiramente nos transportou, mesmo que por breves instantes, para África,1934. Sem dúvida que foi uma experiência que me surpreendeu e enriqueceu, também pelo privilégio de estar entre tão extraordinária equipa.»
Imagem: Frame do filme "Poesia de Segunda Categoria". Susana C, Gaspar interpretanto a rapariga da Igreja em Moçambique, 1934, durante a missa presidida pelo padre Vasco Reis.